Depois de Jair Bolsonaro desautorizar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a compra da vacina chinesa para distribuição pelo SUS, lideranças regionais começaram a se mexer para organizar sem o governo federal a distribuição do imunizante.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, é um dos primeiros gestores das capitais a falar abertamente na articulação. “Eu vou entrar em contato com o governador Doria e, se for preciso, vou pedir que ele nos ceda uma parte, ou nos venda, ou que nos dê os canais que podem facilitar essa compra”, disse o prefeito tão logo tomou conhecimento das declarações de Bolsonaro pelo Twitter.
Segundo Virgílio, “a China não ia irresponsavelmente lançar uma vacina que fizesse mal”. Virgílio ainda completou: “Já perdemos vidas demais para ficarmos nesse nhem nhem nhem. E poderíamos ter perdido menos vidas se o presidente tivesse desde o começo tomado uma atitude de liderança sobre esse processo”.