Como destaca a Dra. Thaline Neves, a tecnologia do PET-CT tem revolucionado o campo da medicina diagnóstica ao combinar duas abordagens complementares: a imagem anatômica da tomografia computadorizada (CT) e a avaliação funcional do PET (tomografia por emissão de pósitrons). Essa fusão oferece uma visão integrada do organismo, permitindo identificar alterações metabólicas mesmo antes que estruturas sejam visivelmente afetadas. Isso tem ampliado as possibilidades de diagnóstico precoce e de monitoramento terapêutico em diversas áreas médicas.
Dessa maneira, utilizado especialmente em oncologia e neurologia, o PET-CT se destaca por sua precisão, sensibilidade e capacidade de mapear o metabolismo celular. Interessado em saber mais sobre? Continue a leitura para entender o funcionamento do PET-CT, suas indicações clínicas e como essa tecnologia pode contribuir para diagnósticos mais assertivos.
O que é o PET-CT e como essa tecnologia híbrida funciona?
O PET-CT é um exame que une duas modalidades de imagem distintas em uma única sessão. Segundo Thaline Neves, a tomografia computadorizada oferece imagens detalhadas da anatomia do corpo, enquanto o PET capta a atividade metabólica dos tecidos a partir da captação de substâncias radioativas, como a glicose marcada com flúor-18.

Essa integração permite sobrepor as informações anatômicas e funcionais, fornecendo aos médicos uma visão tridimensional de áreas suspeitas, com grande valor para diagnóstico, planejamento terapêutico e controle de doenças, conforme pontua a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves.
Assim, ao mostrar não apenas a localização, mas também o comportamento das células, o PET-CT consegue identificar alterações em estágios iniciais. Essa abordagem híbrida é especialmente vantajosa quando há necessidade de diferenciar tecidos normais de regiões com metabolismo alterado, como em tumores, processos inflamatórios ou degenerativos.
Por que o PET-CT é tão importante na oncologia?
Na área oncológica, o PET-CT é uma das ferramentas mais utilizadas para detecção, estadiamento e avaliação da resposta ao tratamento de diversos tipos de câncer. Já que a tecnologia é capaz de detectar tumores ainda em fase metabólica ativa, mesmo que não sejam visíveis em exames anatômicos isolados. Pois, a captação da glicose radioativa pelas células tumorais é geralmente muito maior do que nas células normais, o que permite uma diferenciação clara entre os tecidos.
Além disso, o PET-CT é essencial no monitoramento da efetividade do tratamento oncológico. Dessa forma, uma redução da atividade metabólica identificada no exame pode indicar boa resposta à terapia, enquanto um aumento pode sugerir necessidade de ajustes na conduta médica, de acordo com a Dra. Thaline Neves.
Como o PET-CT contribui para o diagnóstico de doenças neurológicas?
Na neurologia, o PET-CT tem sido um aliado valioso na avaliação de doenças degenerativas, distúrbios cognitivos e epilepsias. Segundo Thaline Neves, essa tecnologia permite mapear o funcionamento cerebral em tempo real, identificando alterações metabólicas antes mesmo da manifestação estrutural.
Tendo isso em vista, doenças como Alzheimer, Parkinson e outras demências apresentam padrões metabólicos específicos que podem ser identificados por meio do PET-CT. O que permite diagnósticos mais precoces e diferenciação entre tipos distintos de comprometimentos neurológicos. Já no caso da epilepsia, o exame ajuda a localizar a área cerebral responsável pelas crises, sendo fundamental na avaliação pré-cirúrgica de pacientes que não respondem ao tratamento medicamentoso.
As principais indicações clínicas do PET-CT
O PET-CT tem se consolidado como uma ferramenta indispensável em diversas especialidades médicas. Suas principais indicações clínicas incluem:
- Oncologia: diagnóstico, estadiamento, avaliação de resposta terapêutica e detecção de recidivas tumorais.
- Neurologia: diagnóstico de demências, avaliação de distúrbios do movimento e mapeamento de focos epilépticos.
- Cardiologia: análise da viabilidade miocárdica e avaliação de processos inflamatórios cardíacos.
- Doenças infecciosas e inflamatórias: investigação de febre de origem indeterminada e acompanhamento de inflamações crônicas.
Essas aplicações tornam o exame uma ferramenta poderosa não apenas para diagnóstico, mas também para acompanhamento de diversas condições clínicas, com impacto direto na conduta terapêutica.
PET-CT: uma precisão diagnóstica a serviço da saúde
Em conclusão, o PET-CT representa uma das maiores inovações da medicina diagnóstica ao unir informações anatômicas e funcionais em um único exame. Assim sendo, a sua aplicação em oncologia, neurologia e outras especialidades tem melhorado significativamente a capacidade de diagnóstico e o acompanhamento de doenças complexas. Ou seja, é uma tecnologia que vem transformando a forma como a medicina compreende e trata diferentes patologias, colocando a precisão diagnóstica a serviço da saúde.
Autor: Charles Moore